Caros amigos,
Ontem, dia 13 de março de 2016, realmente entrou para a história.
Milhões de pessoas nas ruas de todas as capitais do país, milhares em outras tantas cidades menores, todas protestando contra o governo da presidente Dilma e contra o ‘honestíssimo’ e ‘modesto-em-suas-palavras’ Lula. E todas apoiando as investigações da lava-jato, que já é instituição nacional, liderada pelo juiz Sérgio Moro. Foi a maior manifestação brasileira de todos os tempos!
Uma parte da população, agarrada ao governo vigente, historicamente associada ao PT e outros partidos chamados de ‘esquerda’ (sempre o dualismo), tenta, há meses, tirar a validade das notícias veiculadas pela imprensa e replicadas nas redes sociais. Sim, concordo que há exageros, e dos ‘dois lados’, mas, com a prática, os bem-intencionados conseguem filtrar as informações que vem das suas fontes.
Essa mesma parte da população, que também tem o seu direito de se expressar, é claro, tenta associar os que vem protestando aos direitistas, golpistas, neonazistas, pessoas que buscam o retorno ao regime militar e bobagens do tipo. Sim, no meio de milhões, encontramos alguns que, por não terem vivido a época das colossais ditaduras, sejam elas chamadas de ‘esquerda’ ou ‘direita’ (olha o dualismo aí de novo!), ou por absoluta falta de memória, ou por idiotice mesmo, defendam golpes militares no estilo da antiga quartelada, tão comuns na América Latina.
No sábado, dia 12 de março, ainda encontrei em minha linha do tempo, uma charge ligando a manifestação que ocorreria no dia seguinte à que ocorreu antes do golpe civil-militar (e depois só militar) de 1964. Como se a população fosse aceitar um golpe desses. E como se isso fosse muito provável, ou seja, como se, em um passe de mágica, aparecesse uma espetacular liderança militar e tomasse o poder, ‘para fazer a limpeza’! Parece piada, mas tem gente que ainda acredita nisso, dos chamados ‘dois lados’ (olha os dois lados se bicando de novo).
Ainda falando dos radicalismos, durante toda a semana passada o desespero tomou conta dos que não queriam o sucesso das manifestações de ontem. Era veiculado em blogs e sites de extrema esquerda, replicados nas redes sociais, que o objetivo das manifestações era criar um clima de violência! Pura besteira, pois tirando um ou outro caso, como o do sujeito que foi detido carregando um extintor de incêndio na mochila (há sempre um idiota no meio, é claro), as manifestações ocorreram de forma extremamente pacífica, demonstrando o bom nível de educação e respeito cível das pessoas que foram às ruas.
Aqui, e com justiça, é importante elogiar o comportamento da Presidente Dilma Rousseff, que pediu às suas bases que essas solicitassem aos seus seguidores não saírem às ruas, para evitar confrontos. Disse que iria respeitar as manifestações e assim foi por todo o dia. Lula, ao contrário, quase incendiou o país com seu discurso escatológico de uma semana atrás, ‘proferido’ após ser emparedado pela justiça.
Hoje, 14 de março, ainda li um ou outro texto mencionando que não havia pessoas simples nas ruas, na tentativa inglória de diminuir o sucesso das manifestações de ontem. As imagens são fartas, com gente de todo jeito, brancos, negros, amarelos, se assim podem ser chamados, ricos (aí não, ricos mesmo não estão preocupados, pois são sempre beneficiados), classe média, classe c etc etc. Talvez a grande massa possa ser mesmo da classe média, em todas as suas divisões, o que é importante ressaltar. Mas é exatamente essa classe que, ao trabalhar e consumir serviços gerais, paga os impostos deste país, ou seja, o dinheiro que deveria ser bem distribuído em educação, saúde, transporte, segurança de qualidade, dentre outros, e não é.
Caiu por terra todos os argumentos defendidos por mentes atoladas em anos de lavagem cerebral. É difícil se livrar das ilusões, das formações mentais enraizadas na consciência armazenadora.
Mas o que importa é que boa parte da população está extremamente desiludida. Este é o primeiro passo. E o que fazer?
Primeiramente, na vida pessoal de cada um, verificar o que pode ser mudado. Deve-se analisar se não está corrompido em seu pensamento egocêntrico, se não pratica também atos de corrupção, tão presentes no dia-a-dia de nosso país.
E sobre o governo? O que fazer? Dilma-Temer-Cunha-Calheiros. Taí a linha sucessória! Cada um pior que o outro!
É óbvio que a chamada ‘oposição’ vai querer levar vantagem na possível queda de Dilma. Mas, no caso de vitória de um Aécio ou Alckmin, por exemplo, em uma futura eleição (tomara que não!), não pensem eles que terão a mesma vida fácil que já tiveram como governadores de seus estados. Vão ter que caminhar no fio da navalha! Ontem, ficou bem claro, pelas imagens, áudios e fotos, a rejeição dos manifestantes a qualquer um que quisesse capitanear vantagens políticas com as manifestações.
Vitoriosos: O povo brasileiro e o juiz Sergio Moro, agora renovado para continuar seu trabalho.
Que o universo nos abençoe e que possamos caminhar para soluções melhores, tanto para nós mesmos como para nosso país!
Agradeço pela leitura de minhas palavras e que tenham um ótimo dia!